Portugal destaca a importância de agricultura familiar para
sistemas alimentares sustentáveis
Iniciativa em parceria com Nações Unidas marca
presidência portuguesa do Conselho da União
Europeia; setor agrícola responde pela produção
de mais de 80% dos alimentos do mundo em termos de valor.
Foto: Unicef/Kamuran
Feyizoglu
A
agricultura familiar é a forma predominante de produção de
alimentos nos países desenvolvidos e em desenvolvimento
O objetivo do evento foi a troca de experiências sobre estratégias,
programas e políticas nacionais nesta área. Também destacou as
oportunidades criadas pela Década da Agricultura Familiar da ONU, que vai
de 2019 a 2028, para a transformação dos sistemas alimentares, que
é uma das grandes prioridades da presidência portuguesa.
Na reunião, a ministra de Agricultura de Portugal, Maria do Céu
Antunes, disse que “agricultura familiar tem um papel
fundamental na manutenção e coesão dos territórios rurais através da
estruturação do tecido económico e social.”
“As pequenas explorações podem desempenhar um papel importante na
redução do risco de pobreza rural. Além disso, a Agricultura Familiar constitui
uma atividade diversificada e não especializada, sendo muito importante na
garantia da segurança alimentar e de mais sustentabilidade.”
ONU News
No
Timor-Leste, mais de 70% da população pratica a agricultura e depende desse
setor para seu sustento.
A diretora-geral adjunta da FAO, Beth Bechdol, frisou que “a FAO se prontifica a trabalhar com a UE para prestar apoio e assistência ao desenvolvimento de políticas e legislação nacionais de apoio à agricultura familiar.” E Rodrigo de Lapuerta, diretor do Escritório da FAO em Bruxelas, afirmou que a agência "se orgulha de se associar à iniciativa da UE no esforço global para apoiar a agricultura familiar e promover melhorias significativas nos nossos sistemas alimentares".
O eurodeputado e membro da Aliança Parlamentar Europeia contra a Fome e a Má-Nutrição, Francisco Guerreiro, destacou a importância que se tem de dar “cada vez mais à comunidade agrícola e às pessoas que trabalham na agricultura familiar”. Também participaram no evento o diretor-geral adjunto da Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia, Mihail Dumitru, e a diretora-geral da Política de Vizinhança e das Negociações de Alargamento da Comissão Europeia, Michela Matuella, entre outros.
Importância
Existem mais de 500 milhões de negócios de
agricultura familiar no mundo. Entre os pequenos a médios
agricultores estão camponeses, povos indígenas, comunidades tradicionais,
pescadores, agricultores de montanha, pastores e muitos outros grupos que
representam todas as regiões e biomas do mundo.
A FAO diz que eles administram sistemas agrícolas diversificados e
preservam produtos alimentícios tradicionais, contribuindo tanto para uma dieta
balanceada quanto para a proteção
da agrobiodiversidade mundial.
Estes agricultores estão inseridos em redes territoriais e culturas
locais e gastam sua renda principalmente nos mercados locais e regionais,
gerando muitos empregos agrícolas e não agrícolas.
Segundo a agência da ONU,
todas estas características “significam que os agricultores
familiares possuem um potencial único para avançar em direção a sistemas
alimentares mais produtivos e sustentáveis se os ambientes políticos os
apoiarem nesse caminho.”
https://news.un.org/pt/story/2021/04/1747742?utm_source=ONU+News+-+Newsletter&utm_campaign=c268fa7c54-EMAIL_CAMPAIGN_2021_04_16_12_00&utm_medium=email&utm_term=0_98793f891c-c268fa7c54-107688805
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