Pesquisa Sobre Grupos de Compras Solidárias.

Por Nádia Velledas Caldas


Feira em Siracusa, Itália – Foto: Nádia Velledas Caldas

Os últimos dez anos coincidem com a afirmação das políticas de fortalecimento da agricultura familiar no Brasil e de grandes avanços no que tange ao apoio à criação dos mercados institucionais (Programa de Aquisição de Alimentos do governo federal e Programa Nacional de Alimentação Escolar). O mesmo há que ser dito com relação ao surgimento de uma legislação que admite a existência do sistema participativo de garantia da produção orgânica com o mesmo grau de importância que a certificação privada ou por terceira parte. Não obstante, muito há que avançar em termos de ampliar o acesso dos agricultores familiares aos mercados. Uma das iniciativas mais interessantes é a constituição dos chamados “canais curtos de comercialização”, os quais são regidos por uma outra lógica que aponta para o fortalecimento das relações face a face e pela redução das distâncias materiais e simbólicas que separam produtores e consumidores. A pesquisa tem por objeto investigar o funcionamento dos “Gruppi de Acquisto Solidale” na Itália a partir do prisma dos atores implicados, explorando as conexões que se estabelecem nesse processo e o sistema de valores que suporta esse sistema.

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