Levantamento
feito pelo Cemaden indica que Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São
Paulo e Acre foram os estados que mais sofreram com essa condição
Estudo
publicado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres
Naturais (Cemaden) apontou que os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, São Paulo e Acre foram os mais afetados pela estiagem no mês de
junho. O levantamento feito pelo Sistema de Monitoramento da Seca
apontou que essas áreas estão em condição de seca severa. Este é o
primeiro relatório consolidado para todo o território brasileiro.
Segundo
o coordenador-geral de Operações e Modelagem do Cemaden, Marcelo
Seluchi, o Sistema de Monitoramento da Seca tem como principal função
integrar diversos relatórios regionais já produzidos pela unidade de
pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC).
“A seca
no Nordeste, especialmente no semiárido, já não é novidade, uma vez que
já entra em seu sexto ano ininterrupto, e muitos pensam que só lá
ocorre esse tipo de desastre natural. Há áreas que têm seca menos
severa, mas que sofrem com os impactos. No Sul, por exemplo, está sob
ameaça de seca com certa recorrência. Pretendemos ter um sistema
integrado, de forma nacional, e que possamos ter um acompanhamento
melhor de todas essas regiões”, explicou.
No
Centro-Oeste, o déficit de chuvas nos últimos meses contribuiu para a
quebra de safra na região. Em Santa Catarina, São Paulo, Acre e o sul de
Minas Gerais também foram observados impactos nos reservatórios
hídricos e no setor agropecuário devido à estiagem nos últimos meses.
“São
regiões em que a transição da estação chuvosa para a seca é muito
abrupta. Nos meses em que seriam de transição, choveu muito pouco e a
seca começou antes. Por isso está mais intensa. Mesmo estando na seca, é
um período maior do que deveria de estiagem e que impacta fortemente
essas áreas”, afirmou Marcelo Seluchi.
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