Imagem: institutoaua.org.br
O segundo Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), lançado em maio deste ano, reúne 194 iniciativas que
promovem, entre outras ações, a produção de alimentos saudáveis no Brasil. As
medidas, que serão implementadas até 2019, são divididas em seis grandes eixos:
produção; uso e conservação dos recursos naturais; conhecimento;
comercialização e consumo; terra e território, e sociobiodiversidade.
Atualmente,
os agricultores familiares representam 80% dos produtores certificados na lei
de orgânicos. De 2013 para cá, segundo relatório de execução do primeiro
Planapo, houve um aumento de 14% das unidades produtivas sob controle oficial e
60% do número de organizações de controle social no Cadastro Nacional de
Produtores Orgânicos.
Para o
diretor executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf, o
Planapo e as políticas públicas construídas pelo Brasil nos últimos anos são
referências mundiais. “As pessoas dos países que visitamos ficam perplexas em
saber e questionam: ‘como o Brasil conseguiu, em tão pouco tempo, se tornar
referência na questão da agricultura familiar e na agroecologia e produção
orgânica?’ Esse não é mais um movimento de pessoas apaixonadas por essa
questão, isso é uma demanda mundial que reflete sobre a sustentabilidade”,
afirmou.
Sem
agrotóxicos
Entre as
principais demandas da sociedade civil apresentadas na 15ª Plenária da Comissão Nacional de Agroecologia
e Produção Orgânica (Cnapo), realizada no dia 22 de setembro, em Brasília, está a
aprovação do Programa Nacional de Redução do Uso de Agrotóxicos (Pronara). O
assistente técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio
Grande do Sul (Emater-RS) Gervásio Paulus, que representou a Associação
Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural
(Asbraer) na plenária, explicou a importância da ação para o país. “O Pronara
foi uma construção coletiva e que aponta para enfrentar esse título que
envergonha a todos nós: o Brasil é o campeão mundial do uso dos agrotóxicos.
Esse título nós não queremos e não precisamos”, ressaltou.
Na
reunião foi lançado o hotsite Brasil Agroecológico com todas as
informações sobre a política e o Plano Nacional de Agroecologia e Produção
Orgânica (Planapo). Acesse aqui.
Por Gabriella Bontempo
http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/segundo-plano-nacional-de-agroecologia-e-produ%C3%A7%C3%A3o-org%C3%A2nica-%C3%A9-apresentado-%C3%A0-sociedade
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