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Produtores de queijo artesanal de
Minas Gerais estão
preocupados com a falta de uma legislação que regulamente a produção e a
comercialização do produto. Apesar de o estado ser um reconhecido produtor -
com destaque para variedades como o Queijo Canastra e o Queijo do Serro - que
levam a identidade das regiões onde são produzidos, estes e outros tipos do
derivado fabricados com leite cru não podem ser vendidos pela ausência de
normas que determinam critérios de fiscalização sanitária, rastreabilidade e
boas práticas para os produtos classificados como artesanais.
O tema foi discutido, na última
terça-feira (13/09), em audiência com o ministro interino da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, e representantes do segmento.
Participaram do encontro o coordenador de Sanidade Agropecuária da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Décio Coutinho, o superintendente
técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais
(FAEMG), Altino Rodrigues, e o presidente da Associação dos Produtores de
Queijo da Serra da Canastra, João Carlos Leite, que relatou a situação vivida
na região pelos pequenos produtores.
Segundo o presidente da
Associação, o queijo local é de excelente qualidade e
empresários têm demandado o produto para exportação em mercados como Rússia e
Estados Unidos. Muitos chefs de gastronomia também aprovam o queijo. Mas é aí
que começam a surgir os problemas, pois a falta de legislação põe os produtores
na “marginalidade” e os queijos sequer podem sair de Minas Gerais de forma
legal. O governo não disponibiliza normas para a inspeção de produtos
artesanais. “Queremos apenas uma legislação adequada que nos dê segurança
jurídica”, explicou.
Com a regulamentação de leis que
permitam a comercialização do queijo artesanal, os produtores teriam plenas
condições de obter uma maior renda e atender à demanda para exportação.
“Queremos um produto valorizado, mas de forma legal”, disse Altino Rodrigues,
da FAEMG. “O que defendemos é apenas um processo de comercialização mais
transparente”, completou Décio Coutinho. O ministro interino informou que o
governo está analisando a demanda mineira e que estuda a maneira mais adequada
de atender ao pleito dos produtores artesanais.
Fonte: http://www.cnabrasil.org.br/noticias/produtores-de-minas-gerais-pedem-normas-para-comercializacao-do-queijo-artesanal
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