Douglas
Wurz
Imagem: grupoalimentosfuncionais.blogspot.com
O vinho é, sem
dúvidas, uma das bebidas alcoólicas mais antigas e por isso a mais carregada de
senso cultural. A história serve para contextualizar e diferenciar o vinho das
demais bebidas. Há 3 mil anos, o vinho já era utilizado pelos egípcios como
alimento funcional.
Quanto ao teor de vitaminas, o vinho contém pequenas quantidades destes
compostos, como vitaminas A, C e as do complexo B (B1, tiamina; B2, riboflavina
e a B12, cianocobalamina), além de minerais, especialmente potássio e ferro, e
de carboidratos. E uma garrafa de vinho pode conter em torno de 750 Kcal.
Nos últimos anos tem se discutido o uso do vinho como alimento
funcional. É um tema polêmico, que gera muitas discussões, principalmente no
que diz respeito ao consumo excessivo de álcool.
Nesse contexto, é fundamental que todos tenham a clareza que os
benefícios do vinho são nas seguintes situações: quando bebido com moderação,
durante as refeições, regularmente e por pessoas que não apresentam
contraindicações ao consumo de bebidas alcoólicas. Estes benefícios são atingidos
pela presença dos polifenóis, principalmente nos vinhos tintos, que têm um
potente efeito antioxidante e de ação antibiótica.
Mas a questão de discutir se o vinho é um alimento ou uma bebida
alcoólica vai além dos seus benefícios à saúde. Essa discussão reflete no preço
pago pelo vinho. A cadeia produtiva por si só já apresenta uma alta carga
tributária, além disso, o fato de o vinho ser classificado tributariamente como
bebida alcoólica incide sobre ele uma sobretaxação. Nos países da União
Europeia, EUA, Chile, entre outros, o vinho é classificado como alimento. Com
isso, é menor a incidência de impostos. No Brasil, não se trata de alimento
(menor tributação), nem de um produto ordinário (tributação normal), mas sim de
artigo de luxo ou que representa dano à saúde (sobretaxação).
A intenção de classificar o vinho como alimento funcional não é de
incentivar o consumo excessivo da bebida, mas sim aliviar a pesada carga
tributária que acaba enfraquecendo o consumo interno em relação aos
concorrentes. O vinho como alimento poderia viabilizar uma camada maior da
sociedade brasileira a consumir uma bebida que é cientificamente comprovada
mais saudável e com inúmeros benefícios a saúde humana.
O consumo de vinho no Brasil é extremamente baixo, menos de dois litros
por ano per capita. Poderíamos crescer dez, vinte vezes mais se as pessoas
passassem a consumir regularmente o vinho como um complemento alimentar. E ao
bebê-lo regularmente, promover benefícios a saúde.
Fonte: https://falandoemvinhos.wordpress.com/2015/07/23/vinho-um-alimento-funcional/
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