Conheça a produção brasileira de azeites
Por Paula Moura
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A produção de azeite brasileiro cresceu e melhorou. Em comum, todos têm a cor viva e o aroma generoso que revelam de cara: o azeite é fresco. O curto intervalo de tempo entre o campo e o prato é o maior trunfo do azeite produzido no Brasil – os importados enfrentam uma longa jornada até chegar ao consumidor. E azeite, quanto mais novo, melhor.
A colheita nacional terminou entre março e abril
e os azeites recém-extraídos já estão na prateleira. No caso dos importados à
venda aqui, na melhor hipótese, foram produzidos em novembro. E mais: os
brasileiros, engarrafados pelo próprio produtor, escapam das fraudes e adulterações
corriqueiras no mundo do azeite denunciadas no livro Extravirgindade, do
jornalista americano Tom Mueller.
A produção de azeite brasileiro atingiu um nível
de qualidade inédito. Pela primeira vez, o País participou do Salão
Internacional do Azeite Extravirgem, em Jaén, na Espanha. O Brasil levou uma
seleção feita por Marcelo Scofano, professor de gastronomia no Rio de Janeiro.
“Há predominância de azeite de fruta madura, com
características suaves e delicadas, mas marcantes, uma vez que a grande parte
dos produtores usa arbequina”, diz o especialista. Ele ressalta que a produção tem azeites de frutado verde com muita personalidade, produzidos em
Caçapava do Sul (RS), na Bocaina e na Mantiqueira. Para Scofano, o azeite
brasileiro promete boa evolução. “A personalidade sensorial do terroir brasileiro está em formação, mas
tem características muito próprias. ”
As duas maiores regiões produtoras de azeite no
País – Serra da Mantiqueira e sul do Rio Grande do Sul – já somam cerca de 20
lagares. “Antes, o desafio era saber se a oliveira seria capaz de produzir em
escala comercial em condições climáticas e solo brasileiro”, diz Paulo Freitas,
degustador profissional de azeites. A confirmação já veio, agora o momento é de
buscar a afirmação. “Temos pelo menos cinco marcas consolidadas no mercado. No
ano passado, eram só três”.
Várias marcas nacionais de azeite ainda são
vendidas apenas localmente ou nas próprias fazendas. E algumas poderão demorar
para chegar às lojas.
Outra novidade é a certificação de marcas de
azeite orgânico no País. “Havia um grande questionamento se seria possível
produzir azeite orgânico no Brasil devido ao clima úmido. Mas em 2015, dois
produtores já tinham conseguido certificação”, comemora Freitas.
Veja matéria completa em: http://paladar.estadao.com.br/noticias/comida,azeite-100-brasileiro-extravirgem-e-extrafresco,10000007874
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