Algumas plantas não convencionais têm
aspectos interessantes. Não são vendidas no comércio em âmbito nacional,
mas, regionalmente, têm grande aceitação, como é o caso da chicória do Norte, uma planta
condimentar e medicinal que entra na confecção de pratos regionais como o tacacá e o pato no tucupi.
A chicória do Norte (Eryngium
foetidum) é uma planta da família das Apiaceae, com reconhecidas propriedades medicinais, produzida
pela Agricultura Familiar.
Um estudo
desenvolvido na várzea do Rio Solimões,
no município de Benjamim Constant, nas comunidades rurais de Vera Cruz, Nova
Aliança, Novo Paraíso e Guanabara II, trouxe dados significativos sobre o uso medicinal desta erva pelas populações
tradicionais locais.
O estudo buscou a percepção
empírica (emic) dos agricultores familiares sobre o uso da chicória e a
confrontou com a caracterização teórica
(etic), que é fundamentada cientificamente. Emic e etic são dois conceitos da antropologia que possibilitam um
resultado comparativo, ampliando
o horizonte da análise.
Segundo estas duas percepções (emic e etic), a chicória do Norte tem qualidades condimentar e terapêutica, podendo ser utilizada como antiespasmódico, estimulante do parto, para dores de cabeça, febre, câimbra, gripe, hepatite e pneumonia, entre outras, como demonstrado nos gráficos abaixo, produzidos por Marcelo Rocha e Hiroshi Noda, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônica (INPA), no estudo de “Avaliação agronômica de procedências de "chicória" (eryngium foetidum) com ênfase nas populações do Alto Rio Solimões”
Segundo estas duas percepções (emic e etic), a chicória do Norte tem qualidades condimentar e terapêutica, podendo ser utilizada como antiespasmódico, estimulante do parto, para dores de cabeça, febre, câimbra, gripe, hepatite e pneumonia, entre outras, como demonstrado nos gráficos abaixo, produzidos por Marcelo Rocha e Hiroshi Noda, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônica (INPA), no estudo de “Avaliação agronômica de procedências de "chicória" (eryngium foetidum) com ênfase nas populações do Alto Rio Solimões”
A cultura
desta hortaliça é realizada principalmente pela agricultura familiar e ribeirinhos, que conhecem e aplicam as suas
qualidades alimentares e curativas. É tempero essencial de inúmeros pratos
típicos regionais, sendo comercializada em quantidades expressivas, apesar de
não ser competitiva nos mercados. Mas, com o avanço mercadológico das
hortaliças comuns e da agricultura extensiva, que obedece às leis da oferta e da
procura, a utilização da chicória do Norte vem caindo em desuso, o que representa
uma grande perda para a cultura local e também para a biodiversidade.
Texto de referência escrito por Alice Branco - https://www.greenme.com.br/usos-beneficios/3835-chicoria-do-amazonas
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