Minas Gerais é o segundo
estado brasileiro com o maior número de estabelecimentos familiares do país.
São 79% das unidades produtivas da região, de acordo com o Censo Agropecuário,
que respondem por 84%) da produção de mandioca, 48% do café conilon, 47% do
milho e 45% do leite (45%) no estado.
Minas Gerais também é
conhecida pelos queijos artesanais fabricados principalmente nas regiões de
Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado e Serro. E é da agricultura
familiar o melhor queijo: o da produtora Lúcia Maria Resende, 40 anos, que
venceu o 9º Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal.
Formada em produção de
laticínios, laticínios, a agricultora ficou 20 anos morando na cidade, mas
voltou a viver no campo. “Eu queria voltar para produzir leite e criar umas
vaquinhas”, conta. E foi assim no começo, mas logo depois, os extensionistas da
Emater (MG) incentivaram a produzir queijos para comercializar na região.
“No início eu não queria
essa atividade, mas aí coloquei na ponta do lápis e vi que o queijo era mais
rentável para a minha família e lá se vão cinco anos”, lembra. Com ajuda do
governo federal, ela financiou por meio do Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar (Pronaf) a construção de uma queijaria e a compra de
animais. Hoje, ela tem na propriedade 14 cabeças de gado leiteiro Jersey.
“Chegamos a tirar de 120 a
150 litros de leite por dia e a fabricar 70 queijos por semana. O queijo Minas
artesanal é um queijo com uma casca amarelada por fora e por dentro macio. Por
causa do tipo do nosso gado, o sabor é mais suave e esse é um diferencial do
nosso produto”, explica Lúcia. Os queijos dela são comercializados na feira
livre de Tiradentes, município onde mora, na região de Campo das Vertentes, e
em alguns empórios da cidade.
Premiação
O prêmio de melhor queijo
surpreendeu a agricultora, que por pouco não participou da seleção. “Ano
passado nos inscrevemos no concurso, mas não ganhamos. Dessa vez, o pessoal da
Emater passou no sítio e insistiu que participássemos. Foi uma surpresa para
nós, é muito bom ter o queijo premiado”, afirma.
Por ser um queijo especial,
ele é comercializado a R$ 35 o quilo. A expectativa da produtora familiar é
crescer cada vez mais. “A nossa propriedade é pequena. Não tem como ter muitos
animais, mas a ideia é aumentar a produção e melhorar a apresentação do
produto, com embalagens de presente para o nosso queijo”, finaliza Lúcia.
Patrimônio nacional
O queijo artesanal mineiro
foi registrado como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto
Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O queijo Minas
artesanal mantém as características de produção a partir de mão de obra
familiar, com produção em baixa escala e utilização do leite cru (não é
permitido leite pasteurizado).
Gabriella Bontempo - Ascom com informações da Emater/MG
Secretaria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário – Casa Civil
Secretaria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário – Casa Civil
Fonte: http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/queijo-que-%C3%A9-patrim%C3%B4nio-nacional
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