Iniciativas tentam gerar boas práticas, como a
proteção do solo.
Investimento na conscientização ambiental tem aumentado e gerado frutos.
Investimento na conscientização ambiental tem aumentado e gerado frutos.
Do G1 Norte Fluminense – 05/06/2016
“Eu não
gosto de derrubar as árvores porque elas protegem o solo e as culturas”. A
frase do produtor Clíneo Gonçalves, que cultiva bananas em Saquarema, na Região
dos Lagos do Rio, reflete um pensamento cada vez mais comum entre agricultores.
No estado do Rio a agricultura familiar é a maior fornecedora de alimentos para
o povo fluminense, segundo o Rio Rural, projeto do governo do estado. Por isso
mesmo o investimento na conscientização ambiental tem aumentado e gerado
frutos.
Os avanços obtidos na agricultura local não se
referem apenas ao aumento de produtividade, mas, sobretudo, na preservação do
ecossistema. As iniciativas tentam gerar boas práticas como proteção do solo,
segurança alimentar e produção de água, aumentando a qualidade de vida no campo
e na cidade.
Plantação de bananas segue critérios de sustentabilidade (Foto:
Divulgação / Rio Rural)
"Aproveito todas as folhas e galhos que caem
das árvores e coloco no meio da plantação. Eles viram adubação orgânica, o que
gera umidade para o solo”, continua Clíneo, que aderiu a um sistema
agroflorestal, misto de agricultura e floresta. Com isso ele mostra que a
agricultura sustentável não apenas preserva o meio ambiente, como também facilita
o seu próprio trabalho.
Outro exemplo vem de São João da Barra, no Norte Fluminense, onde o produtor Jailson Ribeiro cuida de hortas de maxixe e quiabo. No fim do ano passado, ele deixou de usar adubos químicos e investiu na adubação verde com o plantio de crotalária, espécie de planta leguminosa. Depois de crescida, a crotalária é podada e colocada sobre o solo que vai receber um novo cultivo. Em decomposição, ela facilita a absorção de nitrogênio e melhora a absorção de nutrientes pelos vegetais.
Outro exemplo vem de São João da Barra, no Norte Fluminense, onde o produtor Jailson Ribeiro cuida de hortas de maxixe e quiabo. No fim do ano passado, ele deixou de usar adubos químicos e investiu na adubação verde com o plantio de crotalária, espécie de planta leguminosa. Depois de crescida, a crotalária é podada e colocada sobre o solo que vai receber um novo cultivo. Em decomposição, ela facilita a absorção de nitrogênio e melhora a absorção de nutrientes pelos vegetais.
“Vejo que a lavoura cresce mais rápido, mais
saudável e a crotalária ainda ajuda a espantar os mosquitos da dengue, porque
as flores atraem as libélulas, que se alimentam do aedes aegypti“, frisa
Ribeiro.
Política pública “verde”
O desenvolvimento sustentável nunca foi tão discutido como atualmente. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a má qualidade do meio ambiente implica em 23% das mortes em todo o mundo. Por isso, projetos que promovem o equilíbrio ambiental têm ganhado importância em todo o mundo.
O desenvolvimento sustentável nunca foi tão discutido como atualmente. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a má qualidade do meio ambiente implica em 23% das mortes em todo o mundo. Por isso, projetos que promovem o equilíbrio ambiental têm ganhado importância em todo o mundo.
Produção de
água
Um dos resultados mais “palpáveis” do programa é a produção de água, por meio do cercamento de nascentes de água. Quando isolada, a mata ao redor dos chamados “olhos d'água” funciona como esponja, absorvendo água da chuva e reativando a fonte.
O estímulo à produção hídrica ganhou impulso com a campanha Água Limpa para o Rio Olímpico, lançada em 2010 com a meta de proteger 2.016 nascentes até as Olimpíadas. A adesão foi tão expressiva que mais de 3.120 nascentes já foram protegidas. Na prática, isso representa um volume de água de mais de quatro mil piscinas olímpicas cheias, por ano.
“Quem tinha pouca água, viu a sua fonte ser revitalizada. Sem dúvidas, isso ajudou a minimizar os efeitos da forte estiagem que atingiu o Rio de Janeiro nos últimos três anos”, explica Herval Lopes, gerente técnico estadual de Desenvolvimento Sustentável da Emater-Rio.
Um dos resultados mais “palpáveis” do programa é a produção de água, por meio do cercamento de nascentes de água. Quando isolada, a mata ao redor dos chamados “olhos d'água” funciona como esponja, absorvendo água da chuva e reativando a fonte.
O estímulo à produção hídrica ganhou impulso com a campanha Água Limpa para o Rio Olímpico, lançada em 2010 com a meta de proteger 2.016 nascentes até as Olimpíadas. A adesão foi tão expressiva que mais de 3.120 nascentes já foram protegidas. Na prática, isso representa um volume de água de mais de quatro mil piscinas olímpicas cheias, por ano.
“Quem tinha pouca água, viu a sua fonte ser revitalizada. Sem dúvidas, isso ajudou a minimizar os efeitos da forte estiagem que atingiu o Rio de Janeiro nos últimos três anos”, explica Herval Lopes, gerente técnico estadual de Desenvolvimento Sustentável da Emater-Rio.
Melhoria da qualidade da água é um dos objetivos das iniciativas (Foto:
Divulgação / Rio Rural)
http://g1.globo.com/rj/norte-fluminense/noticia/2016/06/agricultores-dao-exemplos-de-producao-rural-sustentavel-no-rj.html
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