Publicado em 24/03/2016 - por FAO
Formas inovadoras de produzir alimentos são importantes para a comunidade internacional atingir as metas da Agenda 2030. Foto: ONU.
O chefe da agência de agricultura das Nações Unidas pediu na terça-feira (22) um maior uso da agroecologia, biotecnologia e outras ferramentas inovadoras para erradicar a fome, combater a desnutrição e atingir uma agricultura sustentável.
Em discurso durante o Fórum para o Futuro da Agricultura em Bruxelas, o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, enfatizou a necessidade de colaboração para além das técnicas tradicionais, especialmente para auxiliar a agricultura familiar.
“É essencial investir e criar novos produtos, tecnologias, processos e modelos de negócios mais amigáveis para apoiá-los, melhorar sua resiliência e capacitá-los a produzir mais de forma sustentável”, disse o diretor-geral.
As inovações também são importantes para a comunidade internacional atingir as metas da Agenda 2030, que pretende eliminar a fome e a pobreza, entre os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Para fazê-lo, os países precisam adotar modos de governança para além de ministérios setoriais específicos, como agricultura, saúde e educação, “para encontrar soluções inovadoras para problemas de desenvolvimento complexos”, disse o brasileiro Graziano da Silva.
Por exemplo, aproximadamente 80% dos extremamente pobres vivem em áreas rurais, a maioria faz parte de comunidades rurais que não cultivam alimentos suficientes para escapar da fome e da pobreza, de acordo com dados da ONU.
Ao mesmo tempo, agricultores familiares produzem a maior proporção de alimentos consumida no mundo.
O diretor-geral da FAO também citou o impacto das mudanças climáticas na vida das pessoas, endossando que a população mais pobre das comunidades rurais é frequentemente mais exposta a esses elementos e menos equipada para lidar com o problema.
O oficial da ONU também falou sobre a necessidade de fortalecer a cadeia do setor alimentício “da fazenda à mesa do consumidor”, enfatizando a importância de incentivar consumidores a tomar melhores decisões de alimentação por meio de informações dispostas nas embalagens e publicidade precisa.
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