Governo estimula alimentação com espécies nativas do Brasil

A medida visa também estimular a economia extrativista
Paulo de Araújo/MMA
Araticum do cerrado - Imagem: caliandadocerrado.com.br
A lista das espécies brasileiras da sociobiodiversidade que podem ser utilizadas na alimentação e nutrição foi publicada na Portaria Interministerial nº 163, de 11 de maio de 2016 dos Ministérios do Meio Ambiente (MMA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
A Portaria traz a lista das espécies nativas da sociobiodiversidade brasileira de alto valor alimentício e foi editada no contexto das políticas de aquisição de alimentos, tais como o Programa de Aquisição e Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
De acordo com a diretora do Departamento de Extrativismo do MMA, Juliana Simões, a iniciativa dinamizará a economia extrativista, por meio dos mercados institucionais, permitindo a criação de uma estratégia de governo para aquisição de produtos das espécies nativas brasileiras usadas na alimentação.
Além disso, o texto ampliará conhecimento e a promoção do uso sustentável e a conservação das espécies da sociobiodiversidade do País.
Dentre as espécies nativas da sociobiodiersidade brasileira de valor alimentício estão o açaí, araticum, babaçu, cajú-do-cerrado, camu-camu, cupuaçu, erva mate, murici, taioba e umbu.
Geração de Renda
Juliana Simões reforça que a lista de espécies e produtos enumerados na Portaria poderá melhorar a renda dos extrativistas e demais seguimentos de povos e comunidades tradicionais, além de acrescentar valor e proteger as espécies da sociobiodiversidade. Ela acredita que “as pessoas só protegem aquilo que elas conhecem, usam e dão valor”.
De acordo com a FAO, a América Latina e o Caribe têm a maior base de recursos genéticos de espécies cultivadas e consumidas em todo o mundo, tais como milho, batata, mandioca, batata-doce, tomate, feijão, amendoim, abóbora, pequi, goiaba, entre outras.

Veja listagem completa das espécies nativas da 
sociobiodiersidade brasileira de valor alimentício em: http://www.mma.gov.br/images/noticias_arquivos/pdf/sociobio.pdf

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