É preciso rever a produção de alimentos, diz criador do Slow Food


                       Carlo Petrini, fundador do movimento Slow Food

Luiza Fecarotta, Crítica da Folha

Se hoje Carlo Petrini, 66, o italiano fundador Slow Food, pudesse eleger seu maior desafio, ele diria que é tornar os consumidores responsáveis por suas escolhas alimentares —e mostrar-lhes o quão política são essas decisões.

O movimento, que se apõe à padronização dos gostos e à perda da cultura gastronômica, imposta pelo modelo norte-americano, avançou para mais de 160 países ao longo de quase 30 anos.

Hoje, o Slow Food vê na América Latina um "terreno particularmente fértil", que conjuga biodiversidade, cultura alimentar antiga e ambiente propício para movimentos sociais.
                                    Sören Schuhmacher - 1º.jul.2013/Divulgação

Homem segura umbus, fruto em risco de extinção que integra a Arca do Gosto,
projeto do Slow Food
No Brasil, onde fincou-se desde 2000 e envolve uma rede de 50 mil ativistas, o Slow Food acaba firmar sua primeira articulação política nacional.

Em abril, passou a vigorar uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, que prevê desenvolver a agricultura familiar nas cinco regiões brasileiras, junto a universidades federais, e reforçar a acessibilidade a um alimento bom ("saudável e prazeroso"), limpo ("produzido com um baixo impacto ambiental e respeitando o bem-estar animal") e justo (que respeite "o trabalho de quem produz, processa e distribui os alimentos").

Trata-se de um dos programas "mais inclusivos, impactantes e geradores de valor para o campo e para as famílias ligadas diretamente à produção alimentar", diz Petrini. Leia entrevista completa em:

http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2016/06/1779266-e-preciso-rever-a-producao-de-alimentos-diz-criador-do-slow-food.shtml

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